Meio Killo (Embu das Artes, SP, 1995) também conhecido como Thiago, é um artista urbano que transformou as ruas em suas telas. Formado em Design Gráfico, Meio Killo iniciou sua jornada no graffiti em 2014, trazendo cores e vida aos muros das cidades. Sua arte é marcada por um estilo surrealista, com personagens icônicos que exibem olhares reflexivos e o distintivo nariz retangular verde – sua marca registrada.
Com uma versatilidade que abrange muros, telas e até mesmo criações digitais, Meio Killo desenvolve um universo lúdico e poético, explorando temas que vão do cotidiano à introspecção. Suas obras são recheadas de humor e reflexão, convidando o espectador a uma experiência visual única. A diversidade humana é um tema central em seu trabalho, onde cenas simples ganham profundidade, abordando temas como solidão, relacionamentos e alegria.
Dentro deste universo criativo, Meio Killo apresenta o personagem Valdir como protagonista. Inspirado na origem germânica do nome, que significa "governante do povo" ou "pessoa poderosa", Valdir reflete a força e a complexidade dos personagens que compõem sua obra. Meio Killo segue expandindo seu universo artístico, criando narrativas visuais ricas e capturando a essência humana em contextos diversos.
“O graffiti é um movimento que me permite explorar a cidade de uma forma criativa. E, para mim, é onde eu tenho total liberdade de pintar as minhas ideias, o que eu estou querendo desenhar no momento. Eu faço com que meus personagens, meus desenhos, não fiquem presos apenas nas páginas do meu sketchbook e nas pinturas em telas. Eu faço com que o meu mundo interno se torne público, e eu deixo essa parte minha exposta para o mundo. Às vezes, ela pode durar um dia, um mês, um ano — não sei quanto tempo, porque é bem efêmero —, mas eu acredito que é uma forma de fortalecer a cidade com arte, nem que seja por algumas horas. O graffiti também desempenha um papel importante na comunicação. Ele leva informação para as pessoas e é uma forma de dizer que, sei lá, ali, nessa cidade, existem artistas vivos. E os desenhos nas paredes são quase um presente para a cidade. A gente traz vida e história para lugares que estavam apagados.”
- Meio Killo