Ricardo Ferrari (Belo Horizonte, MG, 1951) nasceu na capital mineira quando era conhecida por ser um imenso quintal, onde as crianças podiam brincar na rua. Utilizando a técnica de acrílica sobre tela, ele recria um universo infantil e lúdico, tendo a criança e as brincadeiras como centro. Seus cenários frequentemente apresentam cenas de quintais ao fundo, transmitindo um sentimento de alegria e liberdade que são elementos essenciais em seu trabalho.
Ricardo Ferrari constrói uma poética visual nostálgica, resgatando a infância como um território de memória e afeto. Suas pinturas, em tons quentes e terrosos, retratam um Brasil interiorano atemporal, onde brincadeiras simples ganham protagonismo e a luz dourada cria uma atmosfera de sonho. As crianças, carinhosamente apelidadas de "batatinhas", têm cabeças arredondadas e sem traços faciais, o que universaliza a experiência e permite que cada espectador projete suas próprias lembranças.
"Nós vamos ficando adultos e esquecemos de um quintal que um dia vivemos. A gente tem esse quintal. E tem uma criança perdida lá dentro. Se eu consigo transmitir isso para as pessoas, pode ser que essa criança volte. Daí, passamos a ver a vida diferente, porque a vida é bela e boa de se viver."
- Ricardo Ferrari
EXPOSIÇÕES
1994 - Penápolis - São Paulo - Brasil - Ricardo Ferrari (Penápolis, SP) - Galeria Itaú Cultural (Penápolis, SP)
1982 - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil - Salão Nacional de Arte Contemporânea de Belo Horizonte (Belo Horizonte, MG) - Museu de Arte da Pampulha (Belo Horizonte, MG)
1986 - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil - Salão Nacional de Artes Plásticas: sudeste (Belo Horizonte, MG) - Fundação Clóvis Salgado. Palácio das Artes (Belo Horizonte, MG)
1987 - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil - Salão Nacional de Arte Contemporânea de Belo Horizonte (1987: Belo Horizonte, MG) - Museu de Arte da Pampulha (Belo Horizonte, MG)